Aluna da USP que desviou quase R$ 1 milhão é condenada a 5 anos de prisão
Devido ao furto de quase R$ 1 milhão dos fundos arrecadados da turma dela de medicina da Universidade de São Paulo (USP).
A universitária da USP deve cumprir pena no regime semiaberto. Juiz considerou que ela traiu a confiança de seus pares, desviando recursos que pertenciam aos colegas de turma.
A estudante Alicia Dudy Muller foi condenada por crime de estelionato pela Justiça de São Paulo, devido ao furto de quase R$ 1 milhão dos fundos arrecadados para custear a festa de formatura da turma dela de medicina da Universidade de São Paulo (USP).
A pena foi estabelecida em cinco anos de prisão, em regime semiaberto. A sentença também determinou o pagamento de indenização às vítimas, no mesmo valor do prejuízo causado.
"A ré se prevaleceu de sua condição de presidente da comissão de formatura para engendrar um plano destinado a se apossar do produto arrecadado ao longo de meses, com a contribuição de dezenas de colegas, a fim de obter lucro para si com a aplicação especulativa daquele capital", argumentou o juiz Paulo Eduardo Balbone Costa, da 7ª Vara Criminal de São Paulo.
RELEMBRE O CASO
O caso foi à tona quando Alicia Dudy afirmou, por meio de mensagens no WhatsApp, que tinha perdido todo o dinheiro e alegou ter aplicado R$ 800 mil em uma corretora de investimentos. À época, ela disse ter sido supostamente enganada pela empresa.
Uma das vítimas denunciou a ocorrência e a polícia passou a investigar o caso. No início do mês de fevereiro, a Justiça não aceitou o pedido de prisão preventiva feito pela polícia contra a estudante.
A decisão concordou com o posicionamento do Ministério Público, que entendeu que o caso se tratava de crimes de estelionato, não de apropriação indébita, como ela havia sido indiciada, e pediu que fosse feita uma lista com o prejuízo individual dos alunos.
Na apropriação indébita, uma pessoa recebe da vítima a posse de um bem de forma legal, se apropriando dele mais tarde de forma irregular.
No estelionato, a má-fé acontece antes da posse do bem e força a vítima a um engano.
O Instituto de Criminalística analisou ao menos dois celulares, um smartwatch, cartões bancários e HD externo. Sobre um tablet, a investigação sugeriu que fosse leiloado por ter sido adquirido com dinheiro do fundo, e a quantia arrecadada revertida para entidades beneficentes. O carro de luxo alugado por ela com o dinheiro dos alunos já foi devolvido à empresa em fevereiro.
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