Festa da“Gororoba da Tainá”, “Quem tem Exu de frente não briga.”
“Eu não bato boca, eu bato é tambor”, diz Tainá antes de ser presa; assessoria nega acusações de suposta lista de morte de autoridades
Na última edição da festa “Gororoba da Tainá”, realizada em novembro de 2024, em São Luís, a influenciadora digital Tainá Sousa — presa na última sexta-feira (1º) durante a Operação Dinheiro Sujo — protagonizou um discurso em tom desafiador diante dos convidados. Sem citar diretamente as polêmicas envolvendo seu nome, afirmou: “Nunca me viram batendo boca com ninguém, porque eu não bato boca, eu bato é tambor. Quem tem Exu de frente não briga.”
O evento, marcado pela ostentação e estimado em cerca de R$ 500 mil, contou com apresentações de artistas como Felipe Amorim, Forró Sacode, Grovaê e Bruno Shinoda.
Tainá Sousa foi presa preventivamente por suspeita de chefiar uma quadrilha ligada a jogos ilegais e ameaças a autoridades. Segundo a Polícia Civil do Maranhão, ela teria elaborado uma suposta “lista de execução” que incluía nomes como o do deputado estadual Yglésio Moyses, do delegado Pedro Adão — responsável pelas investigações —, de um blogueiro e de um jornalista.
A prisão ocorreu no âmbito da Operação Dinheiro Sujo, que apura crimes como lavagem de dinheiro, ameaças e envolvimento com jogos de azar. Além de Tainá, também são alvos da investigação o pai da influenciadora, seu irmão e uma advogada ligada ao grupo. A polícia aponta movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos declarados pelos investigados e uso de redes sociais e eventos como fachada para atividades ilícitas.
Após ser detida, a assessoria de Tainá divulgou nota em que nega todas as acusações. O comunicado afirma que a prisão foi motivada por uma conversa entre a influenciadora e um pai de santo sobre um “trabalho espiritual”, interpretado pelas autoridades como uma possível ameaça a servidores públicos. A defesa sustenta que o diálogo se refere a práticas comuns em religiões de matriz africana e denuncia o que considera uma tentativa de criminalização da fé.
A nota esclarece ainda que o pai de santo citado não é alvo da investigação nem teve qualquer medida judicial imposta contra ele. “Tainá nega com veemência qualquer intenção ou plano de atentar contra a vida de autoridades públicas”, afirma a assessoria, reiterando a confiança da influenciadora no Poder Judiciário e na apuração dos fatos.
Confira:
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A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que Tainá Sousa permanece custodiada no sistema prisional maranhense, conforme decisão judicial.
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