Padre acusa bispo de estupro e assédio sexual, admitindo que ‘a igreja foi omissa’
Um padre de 31 anos está acusando o bispo Dom Valdir Mamede, que até o ano passado liderava a Diocese de Catanduva, no noroeste paulista, de estupro e assédio sexual. O crime teria ocorrido no ano passado, mas a denúncia só foi formalizada este ano, segundo informações do portal G1.
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“Desde os meus 13 anos sou acompanhado pela Diocese. Ter que passar por isso foi a maior decepção da minha vida. Fiquei sem chão. Nunca pensei em um dia ser abusado sexualmente”, disse o padre.
Mamede renunciou ao cargo ainda no ano passado, após a vítima fazer uma denúncia à Nunciatura Apostólica, que encarregou Dom Moacir Silva, Arcebispo de Ribeirão Preto (SP), para conduzir uma investigação interna da igreja. Todavia, segundo o padre, “a igreja foi omissa”, o que lhe motivou procurar a Polícia Civil em 22 de março deste ano.
Mamede renunciou ao cargo ainda no ano passado, após a vítima fazer uma denúncia à Nunciatura Apostólica, que encarregou Dom Moacir Silva, Arcebispo de Ribeirão Preto (SP), para conduzir uma investigação interna da igreja. Todavia, segundo o padre, “a igreja foi omissa”, o que lhe motivou procurar a Polícia Civil em 22 de março deste ano.
De acordo com o padre, foram várias vezes que o bispo Dom Valdir Mamede lhe assediou sexualmente. “Na primeira vez, eu fiquei sem reação e acabou se consumando o crime”, disse o sacerdote.
“Ele me pegou de uma forma inesperada, nunca poderia imaginar algo assim. Ele tentou outras vezes, mas eu escapei e já estava ciente da falta de moral dele”, completou o padre.
Em nota ao portal ACI Digital, a Diocese de Catanduva informou que “a orientação da Santa Sé e do papa Francisco, sabidamente conhecida, é de que, nos casos de cometimento de infrações civis, trabalhistas e de outras esferas, por membros da Igreja Católica, em caráter particular e individual, devem ser encaminhados as autoridades da área, para que, elas tomem as providências que julgarem cabíveis e necessárias, observando-se a aplicação da lei ou da norma vigente”.
A Diocese também frisou que “não pactua com quaisquer condutas ilícitas, praticadas por quem quer que seja, e que, tais acusações, merecem criteriosa apuração”. O caso, agora, seguirá sendo investigado pela Polícia Civil em caráter sigiloso.
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