BRUTALIDADE INACREDITÁVEL
14 Policiais Militares do DF são presos acusados de torturar colega para ele desistir de curso do Batalhão de Choque
Caso absurdo teria envolvido até pauladas na cabeça. Soldado ficou seis dias internado com lesão cerebral, hérnia de disco e insuficiência renal.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) cumpriu um total de 14 mandados de prisão, na manhã desta segunda-feira (29), contra policiais militares acusados de torturarem um colega de farda e quase o levaram à morte. O ato violento contra o soldado Danilo Martins, que realizava um curso para ingressar no serviço de patrulhamento tático móvel, do Batalhão de Choque, era para que ele desistisse da aprovação para a vaga.
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Agredido com pauladas na cabeça e pelo corpo, além de receber gás de pimenta diretamente nos olhos, a vítima contou que tudo começou na manhã do dia 22 de abril, quando se apresentou na unidade militar em que realizaria o treinamento. O tenente responsável pela seleção já teria dito logo de início que era para ele descartar o requerimento de inscrição que tinha assinado para fazer o curso, insistindo várias vezes para que o soldado o fizesse, o que sempre era negado por ele. Na sequência, o tal oficial, identificado como tenente Marcos Teixeira, afirmou que Martins seria desligado de qualquer forma, fosse “por lesão ou por trairagem”.
O soldado acredita que a atitude tenha sido motivada pelo fato de ele ser escritor e atleta, tendo vencido inclusive torneios internacionais de futebol representando a PMDF, o que estaria gerando ciúmes no superior do Batalhão de Choque. Nas palavras do agredido, Teixeira argumentara que “muita gente havia pedido para que ele fizesse aquilo” (desclassificasse o soldado na realização do curso).
O espancamento só cessou quando Martins finalmente assinou um termo de desistência do curso, mas já era tarde. Ele teve uma lesão cerebral, hérnia de disco, ruptura do menisco, lesões na coluna lombar, ruptura de estruturas musculoesqueléticas e insuficiência renal. A tortura rendeu-lhe seis dias de internação num hospital do Distrito Federal.
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