Sala de aula (Rivaldo Gomes/Folhapress)
A medida do Ministério da Educação que adiava a avaliação da alfabetização de crianças para 2021 foi revogada. No Diário Oficial da União desta terça-feira, 26, o ministro Ricardo Vélez Rodríguez assina decreto que anula uma portaria do último 22 e que veio à público nesta segunda, provocando reações negativas de educadores e especialistas e o pedido de demissão da secretária de Educação Básica, Tânia Leme de Almeida.
Pela decisão anterior, o Instituto Nacional de Educação e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), que também organiza o Enem, adiaria por dois anos a inclusão de crianças a partir de 7 anos no Sistema de Avaliação de Educação Básica (Saeb), limitando o exame aos últimos anos do Ensino Fundamental. A ampliação da avaliação foi decidida durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e, com a revogação da portaria, volta a estar prevista legalmente.
A justificativa da atual gestão do MEC para a mudança era aguardar a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e “das novas diretrizes” do Ministério, que incluem a priorização do método fônico de alfabetização. Defendido pelo secretário de Alfabetização, Carlos Nadalim, o método prevê que crianças aprendam a partir da combinação de sons – e não, como ocorre em maior grau no Brasil, a partir diretamente de textos com graus progressivos de complexidade.
A suspensão da mudança é mais um recuo da gestão de Vélez, que vive uma intensa crise no MEC em meio a uma disputa entre diferentes grupos que atuam na pasta. Em especial, nomes de perfil mais técnico, militares e seguidores do ideólogo Olavo de Carvalho, “guru” do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
FONTE:
https://veja.abril.com.br/
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