Justiça determina bloqueio de mais R$ 2,95 bilhões da conta da Vale
Com a decisão, chega a R$ 3 bilhões o montante bloqueado da mineradora somente no caso da barragem de Barão de Cocais (MG), que pode se romper
Mais de 6 mil podem ser desalojados na cidade
Reprodução/Defesa Civil MG
A juíza da comarca de Barão de Cocais, Renata Nascimento Borges, determinou o bloqueio de mais R$ 2,950 bilhões da conta bancária da Vale, totalizando R$ 3 billhões. Ela já tinha pedido o bloqueio de R$ 50 milhões, na ocasião em que foram retirados os primeiros moradores da área de alto risco da Mina de Gongo Soco, em 8 de fevereiro deste ano.
A barragem Sul Superior, de responsabilidade da Vale, teve seu nível de emergência elevado do nível 2 para 3 na noite de sexta-feira (22) e uma simulação de evacuação da área foi realizada nesta segunda-feira (25) para orientar cerca de 6,5 mil moradores que poderiam ser desalojados caso a barragem venha a se romper.
A juíza ampliou a sentença anterior em função da elevação do nível de risco de rompimento da barragem de 2 para 3 e pelo fato de que os rejeitos de minério poderiam atingir o centro da cidade, onde existe muitas lojas e dois supermercados.
A decisão judicial se baseia em uma petição feita pelo Ministério Público de Minas Gerais neste domingo (24) para exigir que a Vale tome providências para a prevenção e mitigação de danos humanos e materiais. A decisão da juíza levou em conta o "graude lesividade e das consequências do rompimento (passível de ocorrer a qualquer momento), que atingiriam o coração de toda a cidade de Barão de Cocais e causariam prejuízos de grande monta."
O dinheiro ficará depositado em juízo para satisfação, exclusivamente, dos créditos para com as vítimas das consequências da evacuação de áreas e de eventual rompimento da barragem sul superior da mina.
De acordo com a decisão, a multa pelo não cumprimento também passou de R$ 2 milhões para R$ 100 milhões.
Situação de emergência na barragem de Barão de Cocais motivou bloqueio nas contas da Vale
Arte /R7
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