Páginas

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Bope se prepara para mais uma turma para o enfrentamento ao crime organizado



O Cosar forma policiais especializados no combate ao crime organizado, com atuação forte contra roubo a bancos (Foto: Gilson Ferreira)
POR NELSON MELO
A Polícia Militar do Maranhão (PMMA) está recebendo inscrições para a formação da quinta turma do Curso de Operações de Sobrevivência em Área Rural (Cosar), unidade do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope/MA). Podem participar membros de várias categorias da segurança pública, como militares, policiais civis e agentes penitenciários. O objetivo é formar um efetivo da unidade em Buriticupu.
Ao Jornal Pequeno, o coronel Antonio Carlos Sodré, comandante do Bope/MA, disse que, até sexta-feira (22), os comandantes, diretores ou superintendentes de cada unidade interessada podem enviar ofício ao Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão solicitando vagas para participar do curso. Podem se inscrever policiais militares, agentes penitenciários, policiais civis, bombeiros militares, policiais rodoviários federais e policiais federais.
A quinta turma do Cosar – que será coordenada pelo major Rodrigues, sob a direção do coronel Pereira e coordenação geral de Sodré – receberá, segundo o coronel, agentes de segurança pública não somente do Maranhão, como, também, de outros estados da Federação. O curso começará no dia 11 de março e terá duração aproximada de 43 dias. Em uma das etapas, os alunos seguirão à Região Tocantina, em Estreito/Imperatriz, para o estágio em águas, com treinamento pesado em mergulho tático.
Em seguida, após 5 dias, seguirão até Marabá, no Pará, onde permanecerão durante uma semana. Lá, conforme o coronel, ocorrerá um estágio de selva no 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS). Depois, o grupo retornará a São Luís, para outras etapas do Curso de Sobrevivência em Área Rural. “A ideia é montar uma base do Cosar na região de Buriticupu, para o enfrentamento ao crime organizado e a quaisquer tipos de delitos, auxiliando as unidades locais”, assinalou Sodré. Os futuros “caveiras” atuarão, por exemplo, no combate a assaltantes de banco, por meio de uma intervenção em situações adversas, a partir do conhecimento e experiência desses homens das tropas especiais.
O Cosar, aliás, é comandado, atualmente, pelo capitão Serpa, sendo a unidade do Bope/MA preparada para incursões em ambientes rurais, como o próprio nome da unidade já sugere. Nesse ponto, o Comando de Sobrevivência igualmente faz diligências para capturar criminosos envolvidos em ações como explosão bancária ou ataques a carro-forte.
O treinamento do Cosar visa preparar os policiais para sobreviver em situações bastante adversas
SOBRE O BOPE/MA
Tendo como subcomandante o major André Ricardo Brandão de Araújo, o Batalhão é composto, além do Cosar, pela Companhia de Operações Especiais (COE), Comando de Ações Táticas Especiais (Cate) e Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), sendo esta última comandada pelo major Rodrigues. Oficialmente, o Bope no Maranhão foi instituído em 25 de agosto de 2017, mas já existia desde 1997 sob outra forma, como Grupo de Operações Especiais (GOE).


A COE, comandada pelo capitão André, atua, não de forma restrita, em situações de alto risco, como assalto a bancos e saturação em locais conhecidos como “manchas vermelhas” (regiões onde a presença de facções criminosas é mais intensa), em apoio às unidades que atuam nos patrulhamentos diários. A Rotam, por sua vez, realiza abordagens, patrulhamentos e também atua no apoio às demais unidades do Bope/MA no que tange à negociação de liberação de reféns e outras situações tensas.

O Cate, comandado pelo experiente capitão Nasser, por sua vez, é deslocado para situações em que ocorrem sequestros, uso de explosivos e motins/rebeliões em unidades prisionais. Essa atuação é mais focada no gerenciamento de crises, que, resumidamente, possui o objetivo de assegurar o restabelecimento da ordem pública e da normalidade de um caso.

Mas, para essa formação avançada como tropa de elite da Polícia Militar, o caminho é “puxado”, pois há várias etapas nos cursos pelos quais o candidato é submetido, em forma de módulos, que acontecem não somente no diâmetro de vegetação onde o Bope está instalado, como, também, em outros lugares, incluindo em outros estados da Federação. Há treinamentos e simulações em áreas de mangue, em locais ribeirinhos e até na selva, como no Pará, no ambiente amazônico.


Leia mais: http://jornalpequeno.blog.br/wellingtonrabello/2019/02/21/bope-se-prepara-para-mais-uma-turma-do-cosar-para-o-enfrentamento-ao-crime-organizado/#ixzz5gVeGwvli

Nenhum comentário:

Postar um comentário