Brasil deixará de ser “fonte de renda de ditaduras”, promete Bolsonaro
Presidente eleito não voltará atrás na decisão sobre médicos cubanos

Na última semana, partidos de oposição e grande parte da mídia tradicional vem tecendo críticas à decisão do presidente Jair Bolsonaro em estabelecer regras novas para a continuidade do programa Mais Médicos. A decisão de romper o acordo foi do governo de Cuba, que não aceitou os termos.
Basicamente, Bolsonaro pedia que os profissionais de saúde recebessem o salário integral – parando de enviar a maior parte para o regime comunista da Ilha – e se submetessem ao revalida, processo usual para quem é formado em outro país e deseja exercer a profissão no Brasil.
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Nesta segunda-feira (19), o capitão reformado deu um novo recado à nação. Em seu perfil oficial no Twitter, escreveu: “Para voltarmos a crescer como nação precisamos fazer valer nossa soberania e nossas leis. Devemos respeitar o mundo todo, mas também ser respeitados. Seremos um Brasil amigo, mas que tem seus valores e princípios básicos”.
Em seguida, assegurou que “O Brasil paraíso de criminosos e fonte de renda (sic) de ditaduras desumanas deverá dar lugar ao Brasil cujo brasileiro e as pessoas de bem serão nossa maior prioridade”.
No acordo firmado por Dilma Rousseff, o Ministério da Saúde paga um salário de R$ 11.520 por profissional. Porém, os contratados cubanos recebem cerca de R$ 3.000. A diferença fica com o governo de Cuba. Esse “convênio” resultou num pagamento de R$ 7,1 bilhões, entre os anos de 2013 e 2017.
Falcatruas
O posicionamento nas Relações Exteriores do novo governo marca posição como o antagonismo do que vinha sendo praticado desde o primeiro mandato de Lula. O Brasil enviou bilhões de reais para ditaduras estrangeiras – como Cuba, Venezuela, Nicarágua Angola e Guiné – através de negociações do BNDES que trouxeram grande prejuízo aos cofres públicos.
O diplomata Ernesto Fraga Araújo, futuro ocupante do Itamaraty, afirmou que o Brasil “não ficará de quatro diante das ditaduras. Ressaltando que o país “terá os pés no chão” em sua nova política externa, avisou ainda que “fará um “exame minucioso” dos acordos assinados pelo ex-ministro Celso Amorim, chanceler durante de 2003 a 2010, “em busca de possíveis falcatruas”.
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