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quarta-feira, 19 de abril de 2017

BOMBA: LAVA JATO INVESTIGA INSTALAÇÃO DA ODEBRECHT EM RIBAMAR.

[ Operação da Polícia Federá pode esclarecer acordo de ‘privatização’ do saneamento em São José de Ribamar e Paço do Lumiar ]
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A informação de que a Odebrecht pagou R$ 24,5 milhões em 12 estados para conseguir contratos de saneamento básico pode ser a oportunidade de se ter conhecimento sobre os possíveis ‘acertos’ para que as prefeituras de São José de Ribamar e Paço do Lumiar entregassem os sistemas de água e esgoto à subsidiária Odebrecht Ambiental. As duas cidades não aparecem nas informações divulgadas na imprensa nesta quinta-feira (13).

Os pagamentos pelos acordos, conforme reportagem publicada aqui no blog, foram feitos por meio de propina e caixa dois para políticos com o propósito de conseguir contratos de concessão na área de saneamento básico. A empresa chegou a financiar campanhas de candidatos rivais e a distribuir pagamentos em cidades com menos de 20 mil habitantes na tentativa de fechar acordos para a Odebrecht Ambiental. A empresa foi vendida para um grupo canadense no fim do ano passado.

Em junho de 2016, o jornalista Cláudio Humberto já havia especulado que a Lava Jato poderia investigar contratos da Odebrecht Ambiental em Paço do Lumiar e São José de Ribamar.
No fim de 2014, ainda no governo de Roseana Sarney, as prefeituras dos dois municípios decidiram cassar as concessões da Companhia de Saneamento Ambiental (Caema) e criaram um consórcio, repassando tudo para a Odebrecht Ambiental, uma das subsidiárias da Odebrecht.

Até hoje, a Caema não recebeu nada, a título de indenização, pelos investimentos que fez para montar todos os sistemas de abastecimento de água e de coleta de esgoto.

Gil Cutrim, ex-prefeito de São José de Ribamar, é apontando como o mentor do consórcio intermunicipal de saneamento e fez acertos com o governo Roseana Sarney, por meio do ex-secretário de Saúde Ricardo Murad, para que a Caema deixasse de operar no município.

Pelos levantamentos realizados, a Caema teria direito a uma indenização de, no mínimo, R$ 6 milhões pelos investimentos feitos ao longo de vários anos de operação nos dois municípios.

Com o aprofundamento das investigações pode-se, finalmente, descobrir quem foi beneficiado para entregar esses sistemas de saneamento para a Odebrecht Ambiental.

Gilberto Lima
Site Ribamar Online.

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