Greve dos ônibus
Rodoviários e empresários não chegam a acordo e greve no transporte público continua em São Luís
Audiência de conciliação foi realizada nesta sexta-feira(18). A categoria pede um reajuste de 15% nos salários, ticket de alimentação e inclusão de dependentes no plano de saúde.
Os trabalhadores do transporte rodoviário do Maranhão e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) não chegaram a um acordo durante a audiência de conciliação realizada nesta quarta-feira (18). Com isso, a greve no transporte coletivo continua em São Luís.
A reunião foi realizada em formato telepresencial e durou cerca de três horas. A relatora foi a desembargadora Solange Cristina Passos de Castro, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA).
Também participaram da reunião representantes da Procuradoria Geral do Município de São Luís (PGM), da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB) e o procurador do trabalho, Roberto Moreira.
De acordo com a desembargadora Solange Cristina Passos, a paralisação da frota é considerada ilegal e inaceitável, por se tratar de um serviço essencial para a população. Ela afirmou, que ainda nesta sexta-feira, deve divulgar uma decisão sobre a paralisação.
Pedido de reajuste
A Justiça do Maranhão negou nesta sexta-feira os pedidos protocolados pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET) solicitando que a Prefeitura de São Luís concedesse reajuste a tarifa do transporte público.
A decisão também negou o pedido, feito pelo SET, de que o Município de São Luís apresentasse documentos que comprovem o valor do combustível e do custo de mão de obra, incluindo custos com plano de saúde e demais encargos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho.
Rodoviários fazem manifestação
Os rodoviários fizeram uma manifestação na manhã desta sexta-feira, em frente ao Palácio de La Ravardiére, sede da Prefeitura de São Luís. Com cartazes e palavras de ordem, eles pediam um posicionamento do prefeito Eduardo Braide (Podemos) em relação as reinvindicações da categoria.
Horas após o início do protesto, o prefeito Eduardo Braide recebeu os manifestantes em frente à prefeitura. Segundo Braide, o município vai cobrar das empresas de transporte a razão na qual o dinheiro destinado pela gestão não está sendo repassado aos trabalhadores.
"Eu estou com vocês. Não há nenhum motivo para que os direitos trabalhistas de vocês não estejam sendo cumpridos. Contrato é para ser cumprido. Quando eu aceitei, ainda no ano passado, que o município disponibilizasse um auxílio emergencial ao setor de transporte público, está lá na cláusula do acordo, esse valor todo tem que ser destinado para vocês, trabalhadores. O que a gente vai fazer agora é cobrar o que a gente já tem feito: notificar as empresas por que que o acordo não está sendo cumprido. Por que que o dinheiro que a prefeitura está passando ao setor do sistema de transporte público não está chegando até vocês", disse Braide.
Terceiro dia de greve
A greve dos rodoviários chegou ao terceiro dia nesta sexta-feira (18) sem avanço nas negociações. A paralisação afeta, diretamente, cerca de 800 mil passageiros que utilizam o sistema urbano e semiurbano.
A categoria, que pede um reajuste salarial de 15%, alega que não chegou a um acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (SET).
Além do reajuste nos salários, os rodoviários reivindica ainda ticket-alimentação de R$ 800, inclusão de um dependente no plano de saúde, regularização dos salários atrasados e ainda que sejam assegurados os empregos dos cobradores de ônibus.
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