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quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

 Negligência e descaso: Recém-nascida morre após ter clavícula quebrada durante parto no interior do Maranhão

recém-nascida Maria Marcielly Rodrigues da Silva, nascida no 30 de dezembro de 2020, morreu após ter a clavícula quebrada no momento do parto, em Alto Alegre do Maranhão. 

Inicialmente, em trabalho de parto, a mãe, Maria Patrícia, foi atendida no Hospital Professor Serra de Castro, em Lago da Pedra. Após ser levada para a sala de parto, sem nenhuma explicação, a mãe foi transferida para o hospital de Alto Alegre. O médico que a atendeu disse que ela não deveria ter sido transferida, mas terminou fazendo o parto.

Segundo Dory Lima, tia da recém-nascida, como a bebê chorava muito, fizeram um raio-x e deu uma lesão (clavícula quebrada). De Alto Alegre, a mãe foi encaminhada para o Materno Infantil em São Luís, e, em seguida, para o Socorrão I, onde foi feito novo raio-x. O médico do Socorrão I disse que isso era normal e que em 15 dias a clavícula ficaria no lugar.

“Deram uma receita e disseram para elas voltarem com 15 dias no Socorrão I para bater outro raio-x. Voltaram para Alto Alegre e a auxiliar de enfermagem que estava com elas na ambulância disse para Patrícia dar de mamar para a neném. Mas, infelizmente, ela não pegava o peito. Em seguida a neném ficou quieta e acharam que ela estava dormindo. Ao olhar, viram que a nenem estava diferente e ficando roxa. Olharam as unhas e estavam roxas. Abriram os olhos e estavam parados. Colocaram no oxigênio, mas não adiantou mesmo fazendo reanimação. isso tudo durante a viagem de volta de São Luís pra Alto Alegre. Em Santa Rita, eles pararam, mas não adiantava mais porque a neném já havia falecido. De volta ao Hospital Regional de Alto Alegre, o médico constatou o óbito da criança” relata Dory.

No facebook, Dory Lima relatou todo o drama vivido pela família.

Hoje vou tirar do meu perfil do Facebook a imagem de “LUTO”

Ainda não tinha postado nada referente ao que aconteceu em minha família na virada de ano porque a dor me consome.

No dia (31), eu e Lourival estávamos na Missa de Ano Novo, na Igreja de São João Batista, no Centro. Assim que terminou a celebração, meu pai me ligou do interior, pedindo que eu fosse procurar por minha sobrinha no Hospital da Criança, aqui em São Luís, no Bairro da Alemanha, pois minha sobrinha e minha cunhada estavam sem dinheiro e só com a roupa do corpo. Foi então que pedimos o carro do Padre Leonardo Hellmann e começou a nossa procura.

Chegamos lá no Hospital da Criança e fomos recebidos muito bem por uma enfermeira que nos disse que lá elas não estavam. Ela nos sugeriu que procurássemos na Maternidade Marly Sarney, na Cohab. Nada na maternidade.

Resolvemos ir ao Socorrão II, na Cidade Operária, pois como a nenem estava com a clavícula quebrada, era possível que elas estivessem por lá e assim seguimos. Nada também. Fomos para o Materno Infantil, Hospital Juvêncio Matos, Pediatria do Socorrão I e nada de novo.

Passamos a virada de ano na rua literalmente e chegamos em casa desanimados por não termos encontrado as duas. Estávamos com roupas, toalhas, lençóis, frutas, para amenizar quaisquer necessidades delas.

REVOLTA E NEGLIGÊNCIA

Maria Marcielly Rodrigues da Silva, nasceu no dia 30 de dezembro de 2020. Primeiramente foi atendida em Lago da Pedra, no Hospital Professor Serra de Castro (não deixaram a acompanhante entrar junto com a mãe da criança). Em seguida, disseram que ela (Maria Patrícia, mãe da criança), não ia ter nenem lá e mandaram para Alto Alegre do Maranhão, para o Hospital Regional de Alto Alegre do Maranhão. Não explicaram para a mesma o motivo de ela não ter o bebê em Lago da Pedra.

Na ambulância, minha cunhada (Maria acompanhante), viu os pés de Patrícia sujos de sangue porque em Lago da Pedra, deram o toque nela e por isso estava sangrando. Elas saíram 5 da manhã e foram atendidas por volta das 6:30. Saíram pra Alto Alegre por volta das 7h. Chegando em Alto Alegre, o médico disse que ela deveria ter tido a nenem em Lago da Pedra. O médico de Alto Alegre disse que não deveria ter sido mandada para outra Cidade. Ela tinha que ter tido a criança lá em Lago da Pedra.

Levaram então Patrícia para a sala de parto e logo que ela teve a criança, o médico disse pra minha cunhada (acompanhante), que Patrícia tinha botado muita força para ter a criança, pois tinha passado da hora de nascer e que a mesma ficou maltratada de tanto esforço que foi feito. Quiseram pontear sem anestesia e Patrícia não aceitou. Minha cunhada achou estranho Patrícia estar no leito sem a criança e perguntou pela criança e disseram que a nenem tinha tido uma complicação e estava no oxigênio por isso não saiu com a mãe como as outras mães da sala de parto.

Quando trouxeram a nenem para minha cunhada ver, a criança estava babando, com roncaria no peito e chorando muito. Patrícia tentou amamentar mas não conseguiu. Pela manhã quiseram dar alta, mas a nenem continuava chorando muito. Deram uma seringa e foi então que ela conseguiu se alimentar um pouco. Então desistiram da alta e disseram que se a nenem não melhorasse iriam levar para a UTI.

O pediatra veio e disse que a nenem estava com gases e passou um remédio, mas ela continuou chorando muito. Levaram para fazer raio-x e deu uma lesão (clavícula quebrada). Com isso, mandaram vir para São Luís, para o Materno Infantil e depois para o Socorrão I, para novo raio-x (Não deram o raio-x e nem o laudo para elas).

O médico do Socorrão I, disse que isso era normal e que em 15 dias a clavícula ficaria no lugar. Deram uma receita e disseram para elas voltarem com 15 dias no Socorrão I para bater outro raio-x. Voltaram para Alto Alegre e a auxiliar de enfermagem que estava com elas na ambulância disse para Patrícia dar de mamar para a nenem. Mas, infelizmente, ela não pegava o peito. Em seguida a nenem ficou quieta e acharam que ela estava dormindo. Ao olhar, viram que a nenem estava diferente e ficando roxa. Olharam as unhas e estavam roxas. Abriram os olhos e estavam parados. Colocaram no oxigênio, mas não adiantou mesmo fazendo reanimação (isso tudo durante a viagem de volta de São Luís pra Alto Alegre).

Em Santa Rita pararam, mas não adiantava mais porque a nenem já havia falecido. De volta ao Hospital Regional de Alto Alegre, o médico constatou o óbito da criança.

Meu irmão foi até Alto Alegre buscar o corpo e acreditem, deram uma caixa de papelão pra ele mesmo colocar o corpo que estava em cima da pedra. No corpinho dela, ainda tinha o cateter que não foi retirado. Quanto ao médico, o Dr. Paulo Luís Ribeiro Aguiar Filho, só foi visto na hora do parto e depois nada.

A clavícula foi quebrada durante o parto! Se eles tivessem tido um pingo de humanidade, nossa pequenina estaria agora entre nós. Era a primeira filha do meu sobrinho Manoel. Estávamos todos ansiosos esperando por ela.

Antes de escrever esse texto lembrei de meu pai quando falamos pra ele de justiça e ele com toda a sua humildade e cheio de dor, me disse: “Deixem isso quieto. Não façam nada, pois somos pobres e pequenos”. Ele tem razão. No interior é assim. Mas eu discordo, meu paizinho. A justiça também ampara os pobres e é isso o que eu quero: que a morte de nossa princesinha não passe despercebida.

Titia te ama meu anjinho lindo..




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