Motoristas e cobradores de ônibus de São Luís decidiram que a greve, prevista para ser iniciada nesta sexta-feira (14), foi transferida para a próxima segunda-feira (17), a partir das primeiras horas da manhã.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a decisão foi tomada durante reunião entre o presidente, Isaías Castelo Branco, diretores e o departamento jurídico da entidade. O sindicato pretende cumprir ordem judicial que estabeleceu a manutenção de 80% da frota circulando normalmente, em horários considerados de pico, e de 60% dos ônibus operando nos demais horários, sob pena de multa diária no valor de R$ 30 mil, em caso de descumprimento.
O posicionamento do sindicato também leva em consideração a manifestação do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão, que entendeu a necessidade de intervir no impasse entre Rodoviários e empresários, no que se refere as discussões em torno da nova Convenção Coletiva de Trabalho, e marcou Audiência de Conciliação para o próximo dia 21 de fevereiro, às 10h , na Vice-Presidência do TRT-MA.
De maneira pacífica, a entidade ressalta que irá conduzir o movimento, até a data marcada para a Audiência de Conciliação, em respeito à Justiça do Trabalho, mas reafirma que a greve se estenderá por tempo indeterminado, inclusive, nos dias de Carnaval, caso não haja acordo firmado e entendimento entre as partes nesse encontro.
“Não queremos causar transtornos aos usuários do transporte público, mas estamos lutando por nossas garantias. Precisamos ter nossos direitos respeitados”, ressalta a direção do Sindicato dos Rodoviários.
Reivindicações da categoria
Desde janeiro, a categoria tem realizado reuniões para tentar chegar a um acordo com o sindicato. Entre as reivindicações dos rodoviários, estão um reajuste salarial de 15%, ticket alimentação de R$ 700, manutenção do plano de saúde, permanência dos cobradores em atividade e aumento de R$ 400 para os motoristas que atuam como cobradores nos coletivos.
De acordo com o sindicato, a proposta apresentada pelo SET foi de um reajuste salarial de 2,5%, a manutenção do valor atual do ticket alimentação e o pagamento de R$ 200 no salário de motoristas que exercem funções simultânea como cobradores.
Além disso, os rodoviários alegam que os empresários querem o fim do plano de saúde e que o valor pago no ticket alimentação seja por dia trabalhado, para quem exercer as duas funções.
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