Donald Trump anunciou na última segunda segunda-feira, 23 de setembro, que os Estados Unidos investirão US$ 25 milhões para proteger locais religiosos e casas de culto em todo o mundo e também anunciou a criação de uma coalizão dos principais líderes empresariais para ajudar a combater a perseguição religiosa no local de trabalho.
O presidente norte-americano se tornou o primeiro mandatário dos Estados Unidos a convocar uma reunião na sede das Nações Unidas em Nova York, focando apenas a liberdade religiosa. No discurso do anúncio, ele pediu às nações do mundo que façam sua parte para “acabar com a perseguição religiosa”.
O evento foi denominado “Chamada Global para Proteção à Liberdade Religiosa” e contou com a presença do vice-presidente Mike Pence e do secretário de Estado Mike Pompeo. “Como presidente, proteger a liberdade religiosa é uma das minhas maiores prioridades e sempre foi”, garantiu Trump, que foi eleito com a promessa de trabalhar para reduzir a perseguição a cristãos ao redor do mundo.
Também participaram do encontro autoridades americanas de alto escalão, sobreviventes de perseguição religiosa, líderes religiosos, líderes empresariais e defensores da liberdade religiosa. Trump foi apresentado antes de seu discurso por Pence, que definiu aquele dia como “muito especial”.
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“Hoje, evidenciando sua paixão pela liberdade religiosa, o presidente anunciará medidas adicionais que os Estados Unidos tomarão para proteger a liberdade religiosa e defender as pessoas de fé em todo o mundo”, disse Pence, segundo informações do portal The Christian Post.
Durante seu discurso de quase 15 minutos, Trump detalhou vários pontos que foram abordados por seu governo com o ímpeto de promover a liberdade religiosa ao redor do mundo, como por exemplo, garantir a libertação do pastor Andrew Brunson, que foi encarcerado na Turquia sob acusação de conspirar contra o governo local, além de organizar dois eventos históricos no Departamento de Estado sobre liberdade religiosa.
Ao final de seu discurso, Trump mencionou novas iniciativas que o governo dos EUA está empreendendo para ajudar a promover a liberdade religiosa mundo afora, e uma delas, envolve uma contribuição significativa do governo dos EUA para ajudar a proteger locais religiosos em todo o mundo.
“Hoje, o governo Trump dedicará US$ 25 milhões adicionais para proteger a liberdade religiosa e os locais e relíquias religiosas”, prometeu Trump, depois de listar ataques contra locais de culto cristão, judeu e muçulmano no ano passado. Na cotação desta terça-feira, 24 de setembro, o montante equivale a R$ 104 milhões.
O presidente dos EUA também anunciou uma nova coalizão para promover a liberdade religiosa internacional: “Também temos o prazer de estar hoje reunidos por muitos dos parceiros da comunidade empresarial ao anunciar uma iniciativa muito crítica. Os Estados Unidos estão formando uma coalizão de empresas americanas para a proteção da liberdade religiosa. Esta é a primeira vez que isso é feito”, revelou.
“Essa iniciativa incentivará o setor privado a proteger as pessoas de fé no local de trabalho e o setor privado tem uma liderança brilhante”, contextualizou, acrescentando que “é por isso que algumas pessoas nesta sala estão entre os homens e mulheres de maior sucesso na Terra: eles sabem como as coisas são feitas e sabem como cuidar das coisas”.
“Eles estão conosco agora pela primeira vez, nessa medida, pela primeira vez. Estamos realmente honrados em tê-los na sala. Grandes líderes empresariais e grandes pessoas de força”, concluiu.
O anúncio de Trump foi bem recebido por lideranças conservadoras dos Estados Unidos: “O presidente fez um discurso histórico que vai além de falar sobre liberdade religiosa internacional e adotar medidas concretas que levarão pessoas de todas as religiões a adorar de forma pública e segura”, disse Tony Perkins, presidente do Family Research Council e integrante da Comissão de Liberdade Religiosa dos EUA.
“A liberdade religiosa não é apenas um direito humano fundamental, como reconhecido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas, mas há um crescente corpo de pesquisas que mostra que as nações que defendem a liberdade religiosa têm maior segurança social e econômica – o que indiretamente torna todas as nações mais seguras, incluindo os Estados Unidos”, acrescentou Perkins, em um comunicado.
Após as observações de Trump, o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, fez um breve discurso explicando como a entidade está tomando medidas para combater a perseguição religiosa: “A melhor maneira de promover a liberdade religiosa internacional é unindo nossas vozes para o bem, combatendo mensagens de ódio com mensagens de paz que abraçam a diversidade e protegem os direitos humanos em todos os lugares”, disse Guterres.
“As Nações Unidas estão intensificando as ações por meio de duas novas iniciativas que lancei nas últimas semanas. Primeiro, uma estratégia sobre discurso de ódio para coordenar os esforços em todo o sistema da ONU, abordando causas básicas e tornando nossa resposta mais eficaz contra o discurso de ódio. Segundo, um plano de ação para que a ONU se envolva totalmente em um esforço para proteger locais religiosos e garantir a segurança das casas de culto. Todos esses sites devem ser locais de culto, não locais de guerra”, finalizou.

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