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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Prefeitura promove roda de conversa contra o racismo com estudantes da rede pública de ensino

Evento correu na Biblioteca Pública Municipal e reuniu estudantes do C.E. Estado do Amazonas e representantes do Governo do Estado e de entidades ligados ao movimento negro no Maranhão

Debate envolveu entidades e estudantes em torno do combate ao racismoA Biblioteca Pública Municipal, equipamento da Prefeitura de São Luís ligado à Secretaria Municipal de Cultura (Secult), realiza ações com alunos da rede pública para aprofundar discussões contra o racismo. Nesta quarta-feira (22), os estudantes do C.E. Estado do Amazonas participaram da Roda de Conversa "Dia Nacional de Denuncia contra o Racismo: 131 anos após a abolição". 
Participaram da ação conjunta da Biblioteca Municipal, em parceria com C.E. Estado do Amazonas, o secretário de Estado de Igualdade Racial, Gerson Pinheiro, o coordenador geral do Grupo de Dança Afro Malungos (GDAM), Claudio Adão, a presidente da Federação Maranhense de Capoeira e Conselheira Estadual de Cultura, Elaine Dutra, e o representante da Associação Cultural Beneficente Afro Abibimã e conselheiro municipal das populações afrodescendentes (Comafro), Billy Walter. A roda de conversa também teve apoio da União de Negros Pela Igualdade (UNEGRO) Movimento Negro do PDT e Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN).
A diretora da Biblioteca, Rita Oliveira, explicou que é uma ação permanente do calendário anual do equipamento que visa conscientizar as pessoas para uma sociedade mais igualitária. "Este ano resolvemos trazer a programação para dentro da escola para que mais alunos pudessem participar, pois nosso objetivo é contribuir para construção de uma sociedade melhor e acreditamos que o diálogo com estudantes é fundamental para isso. O Brasil foi o último país a acabar com a escravidão e até hoje temos esta herança histórica, um racismo institucional que ficou enraizado", disse.
O secretário de Estado de Igualdade Racial, Gerson Pinheiro falou dos projetos do Governo do Estado para valorização do negro, como o Programa de Fortalecimento Étnico. "O principal objetivo é resgatar a história do povo negro do Maranhão, temos muitos nomes importantes para história do nosso país, que deram e dão valiosas contribuições para a diminuição das desigualdades. Temos cerca de 800 comunidades quilombolas registradas em nosso Estado, e realizamos continuamente campanhas de preservação desses povos e de combate ao racismo".
A gestora geral do C.E. Estado Do Amazonas, Ana Farias, contou que a escola realiza desde 2014 o projeto 'Descobrindo os encantos da leitura – Minha escola ler' em que debatem temas relevantes em sala de aula. "Envolvemos alunos e funcionários, toda a comunidade escolar, e temos um retorno muito positivo. Os parceiros agregam ainda mais este trabalho e nos permitem ampliar nosso saber e compartilhar experiências".
DEBATE
A roda de conversa foi coordenada pelo técnico administrativo da Biblioteca Municipal, Luís Carlos Guerreiro que falou sobre a 'falsa abolição'. "Nossa crítica é para nos fazer refletir sobre as conquistas que ainda precisam ser alcançadas, não queremos que o preconceito continue se multiplicando. São 131 anos e a impressão que temos é que a escravidão não acabou por completo, por isso dizemos ser uma falsa abolição. Desta maneira, levamos essa ação para escolas do ensino fundamental e médio para que a temática não seja abandonada pelo currículo escolar, ainda é uma pauta válida e atual, e que precisa ser amplamente aprofundada", explicou o cantor e compositor, representante do Movimento Negro de São Luís e coordenador Étnico Racial da Sedihpop.
"É um momento gratificante para nós estudantes, por nos relembrar fatos históricos do povo negro e todos os nossos antepassados que lutaram por nós. É uma oportunidade de aprender mais sobre a cultura negra e nos orgulhar das conquistas até aqui", ressaltou Júlio Bispo, estudante do 2º ano do C.E. Estado do Amazonas. Na oportunidade, os alunos recitaram poesias de suas autorias relacionadas ao tema da igualdade racial e o texto de Martin Luther King, um dos mais importantes líderes do movimento negro no mundo. A programação também contou com apresentação da 'Canção da Redenção' (Redemption Song), de Bob Marley, interpretada pelo DJ, capoeirista, percussionista e músico, Carlos Mafra.
Segundo o coordenador geral do Grupo de Dança Afro Malungos (GDAM), Claudio Adão, o Bairro de Fátima, onde a roda de conversa aconteceu, é o segundo quilombo urbano do Maranhão e o bairro mais cultural de São Luís. Os estudantes também aprenderam sobre a Capoeira, uma mistura de arte e luta de defesa. O corpo utiliza fortes influências das experiências africanas, com ginga, musicalidade, acrobacias e movimentos de luta. A presidente da Federação Maranhense de Capoeira e Conselheira Estadual de Cultura, Elaine Dutra, explicou ainda sobre os instrumentos de matriz africana, religiosidade, a simbologia da roda de capoeira e o resgate da ancestralidade que ela traz.

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