Pelo Fluminense, Mano terá chance de revanche contra Caxias, com quem viveu relação de altos e baixos
Em 2023, grenás eliminaram o treinador no Gaúchão, então no Inter. Tricolor também eliminou o Grêmio da Copa do Brasil de 2005, o que fez com que Mano fosse buscado no Caxias
Apesar de Fluminense e Caxias se enfrentarem pela primeira vez nesta quarta-feira, o adversário gaúcho é um velho conhecido para Mano Menezes. Eles já viveram uma relação de altos e baixos, com um carinho inicial com a mesma força do atrito que surgiu entre eles quando os elos chegaram ao fim. Recentemente, o treinador também viu o grená ser seu algoz. Por isso, a segunda fase da Copa do Brasil surge como oportunidade de duas "revanches".
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Para entender a primeira "revanche", é preciso voltar no tempo e contextualizar. Contratado após levar o modesto 15 de Novembro a uma inédita semifinal de Copa do Brasil, Mano foi técnico do Caxias entre 2004 e 2005 e viu o clube grená alavancar a sua carreira. Os números foram positivos: 23 vitórias, 12 empates e 10 derrotas, 60% de aproveitamento.
Mano era querido pelos torcedores, assumiu o Caxias na zona de rebaixamento da Série B do Brasileirão e entregou na 10ª colocação. No ano seguinte, ficou em sexto lugar no Gaúchão e ficou marcado pela vitória de virada sobre o Grêmio por 3 a 2, no Centenário. O problema é que uma sequência de fatos trouxe turbulência a esta história, com o Fluminense indiretamente influenciando
— A ascensão do Mano é muito rápida. Ele no Caxias já chamava atenção por fazer times organizados, defensivamente estáveis e sem fazer grandes investimentos [...] Foi por causa de uma derrota do Grêmio para o Fluminense, no Maracanã, por 3 a 0, que o então presidente Paulo Odone decide contratar o técnico do Caxias. Grêmio estava muito mal na Série B, flertando com a zona de rebaixamento para a Série C, quando o Mano chega. Ele lidera a retomada, até chegar na fatídica batalha dos Aflitos — comenta Jessica Cescon, comentarista do SporTV.
Sem Mano, o Caxias foi rebaixado na Série B e o treinador acabou sendo considerado "culpado" pelos torcedores por ter deixado os grenás rumo a um rival do Estado. A ponto de, no ano seguinte, o jogo contra o Grêmio ficar marcado pela "recepção" com dinheiro falso tendo o seu rosto estampado. Apesar do ocorrido, Mano sempre falou com carinho sobre o Caxias e sua torcida.
A segunda "revanche" se dá por fatos mais recentes. Em 2023, quando ainda comandava o Internacional, Mano foi eliminado na semifinal do Campeonato Gaúcho pelo Caxias, que se tornou seu algoz. No jogo derradeiro, o Colorado empatou por 1 a 1 no Beira-Rio, mas acabou sendo superado por 5 a 4 nos pênaltis.
— Em 2023, o Inter vivia um momento de instabilidade emocional pela falta de títulos. Inclusive do Estadual. Há uma pressão pela conquista de títulos. Naquela semifinal, o Inter esteve nervoso nos dois jogos. Muito por conta de um time que não conseguiu jogar com a serenidade de ter um time de mais qualidade. Aquilo foi causado mais pelo lado emocional e pesou mais do que o treinador ou a qualidade dos jogadores em campo — completa Cescon.
Essa pressão era tanta que, após classificação do Caxias e eliminação do Inter, os jogadores protagonizaram cenas lamentáveis no gramado do Beira-Rio, com trocas de socos e pontapés. Um torcedor colorado foi flagrado em campo agredindo um atleta do Caxias enquanto segurava uma criança no colo.
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Com o Fluminense, Mano tenta chegar na terceira fase da Copa do Brasil. A partida será às 19h, no Estádio Centenário. Caso avance, o Tricolor garante mais R$ 2.315.250 em premiação.
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