"Homofobia" foi espancado até a morte
Ator Maranhense gay é morto a marteladas e golpes de estilete em São Paulo
A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a hipótese de um desentendimento ou homofobia. Deilson Penha estava há três meses em São Paulo.
O maranhense Deilson Penha, de 34 anos, foi espancado até a morte em São José dos Campos, no estado de São Paulo. O corpo foi encontrado no sábado (17), após ter desaparecido misteriosamente na última sexta-feira (16). Segundo a polícia, a morte pode estar relacionada com homofobia ou desentendimento por drogas.
Familiares detalharam, em entrevista exclusiva ao Difusora ON, Deilson Penha teria ido a uma balada na sexta-feira e desde então não teria dado mais notícias. A irmã da vítima, Estella Penha, contou que o suspeito de assassinar Deilson teria usado um martelo para golpear o maranhense e um estilete para abrir cortes, um desses cortes, rasgou o pescoço da vítima.
Estella contou que soube do crime no domingo (18), após contato dos investigadores da Polícia Civil. Sem informações concretas sobre o que aconteceu, a família luta para trazer o corpo de Deilson para ser sepultado em São Luís. “A gente está correndo atrás para trazer o corpo dele pra cá. Não é barato, a gente sabe que é caro e por isso estamos fazendo campanha na internet. Ele não fazia mal para ninguém e fizeram essa maldade com ele”, desabafou.
Campanha nas redes sociais para trazer o corpo de Deilson Penha para São Luís.
Homofobia ou discussão por drogas?
A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para investigar o caso e informou que irá ouvir testemunhas e analisar imagens de câmeras de segurança para tentar desvendar o crime. Deilson Penha era natural de São Luís e estava na cidade paulista há três meses – em busca de novas oportunidades profissionais.
A polícia paulista trabalha com duas linhas de investigação. Uma delas é de que a causa do assassinato pode ter surgido devido a um desentendimento entre os dois na casa do suspeito. A vítima teria ido até o local para usar drogas. Outra possibilidade é o fato de Deilson ser gay e o crime ter sido motivado por homofobia.
O Difusora ON apurou ainda que os agentes da Delegacia de São José dos Campos, interior paulista, solicitaram um exame necroscópico e sexológico para determinar a causa e se houve estupro no crime.
Denúncia registrada
A morte de Deilson foi informada à polícia por uma mulher identificada apenas como Jéssica, no começo da tarde de sábado (17). No boletim de ocorrência registrado na delegacia de São José dos Campos, a moça disse que o autor do crime seria um homem identificado como Denner e que este estaria sob efeito de drogas.
Segundo a Polícia Civil, Jéssica não estava presente no local e não presenciou o crime. No entanto, o marido dela estava no local e presenciou os fatos. Há suspeita de um terceiro envolvido no crime, mas por falta de provas, ninguém está preso.
Deilson Penha estava em São Paulo há 3 meses e morava com uma amiga. Ele era formado em Administração e estava no Sudeste para buscar outras oportunidades. Deilson Penha era atuante em projetos sociais e fazia parte do Grupo de Arte Maria Aragão (Gamar)
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