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sábado, 5 de agosto de 2023

Policial militar Soldado Bahia tentou o suicidio e denuncia ter sofrido uma suposta disctiminação por ser homosexual (Gay) dentro do quartel em Açailândia no Maranhão

Os supostos abusos teriam sido praticados por outros policiais militares, que chegaram a ir na casa da vítima para entrevistalo sobre assustos intimos, o policial militar sofre de problemas de depreção.

Um policial militar do Maranhão, identificado apenas como Bahia, lotado no 26º Batalhão de Polícia Militar (BPM) na cidade Açailândia, na região tocantina, denunciou para órgãos de defesa dos direitos humanos ter sido vítima de disctiminação e interrogatorios dentro do quartel, por causa de sua escolha sexual.

Os supostos abusos teriam sido praticados por outros policiais militares, que chegaram a ir na casa da vítima para um interogatorio militar.

O caso chegou ao conhecimento da Rede Cidadania de Açailândia, uma organização que reúne membros da sociedade civil e entidades que lutam pelos direitos humanos, por meio da publicação de uma carta, que teria sido escrita pelo próprio policial militar.

Na carta, o PM Bahia cita que o comandante do BPM teria negligenciado as suas denúncias e afirma sofrer com a depressão.

“Digo ao major Nunes, que depressão não é frescura. Digo também a ele que o seu pedido de perdão não deve ser direcionado a Deus, mas sim as suas vítimas. Fui esquecido pelos meus irmãos… Obrigado a todos os que me ajudaram e que nos últimos dias mandaram mensagens de conforto. Agora estarei junto aos que me amaram e também com aqueles que me amam”, desabafa o PM em um trecho da carta.


Segundo a Rede Cidadania, além da discriminação, o PM também foi vítima de abusos pisicologicos.

“O que nos faz acreditar que há indícios de abusos pisicologicos, porque ele teria sido abordado dentro da própria casa pelos colegas de farda, em uma situação em que ele estava se organizando para o trabalho e foi submetido a pergutas da sua intimidade, a ele ter que dizer coisas da vida pessoal dele. Então, a lei é muito objetiva, quando uma agente do Estado submete a outra, seja pra promover sofrimento ou discrimição ou pra pegar informação, isso caracteriza invasão de privacidade”, explica a advogada Valldênia Lan Franchi, representante da Rede Cidadania, em entrevista à TV Mirante.

No mês de julho, o policial militar pediu ajuda ao Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán (CDVDH/CB) de Açailândia, relatando a discriminação e até abuso de autoridade.

Procurado pela TV Mirante, o Centro de Defesa preferiu não se manifestar sobre o caso, a pedido da família do PM Bahia.

O coletivo LGBTQUIA+ de Açailândia disse que esse não é um caso isolado e, junto com o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos e a Rede Cidadania, também, apura as possíveis negligências das autoridades.

“Deve existir dentro dessas corporações ouvidorias, atendimentos especializados. Se não existir dentro das corporações, hoje, é um erro muito grave do governo do Estado e, também, das polícias. É preciso ter ouvidorias específicas, porque esses assuntos são transversais, são assuntos atuais, fazem parte do nosso século e essas corporações e todos os segmentos da sociedade precisam acompanhar essa discussão”, destacou José Carlos Almeida, que é coordenador do Coletivo LGBTQIA+. O caso foi denunciado à Polícia Civil do Maranhão e ao Ministério Público (MP-MA).

Por meio de nota, o Ministério Público do Maranhão informou que está apurando a denúncia.

Já a Polícia Militar afirmou que nenhum caso de discriminação será tolerado e que ainda não recebeu denúncia de crime de lgbtfobia na corporação.

Leia a nota da PM-MA na íntegra

"Al Militar do Maranhão (PMMA) )l que atua dentro dos princípios e normas delineados na Constituição Federal e de acordo com os entendimentos adotados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Desta forma, observa que todo e qualquer caso de discriminação, será apurada com o devido rigor.

Em relação ao caso citado na reportagem, a PM observa que, até o momento, não houve denúncia sobre o fato e não há nenhum procedimento ou processo instaurado em decorrência de disctiminação na corporação.

No entanto, a Polícia Militar destaca que qualquer policial que se sinta discriminado no ambiente de trabalho, por conta de sua orientação sexual, pode relatar a situação nos canais de Ouvidoria da PM ou ao superior imediato.

A Polícia Militar do Maranhão reitera que qualquer tipo de discriminação, seja ela racial, por gênero, religião ou de orientação sexual, não faz parte".

Leia a nota divulgada em grupos de WhatsApp pelo presidente da Associação Cabos e Soldados de Imperatriz , Açailândia e Região

Bom dia Senhores!! Hoje pela manhã recebemos várias mensagens de policiais nos informando sobre o ocorrido com o SD Bahia, lotado no 26° BPM, localizado na cidade de Açailândia, de acordo com os relatos, o referido policial vinha sofrendo perseguições  por conta da sua condição sexual, inclusive cita o nome do Sub Cmt do batalhão em uma carta que teria sido escrita antes de tentar o suicídio, toda via, sem querer fazer juízo de valor, pois desconhecemos o problema em questão e também o comportamento do oficial e do militar envolvido, quero apenas manifestar a minha inteira solidariedade e me coloco a disposição para ajudar no que for necessário, cabe salientar  que é uma situação triste e caótica, pois   esse acontecimento não foi o primeiro e possivelmente não será o último dentro da caserna, escancara e mostra a urgente necessidade de uma ação das autoridades, os nossos governantes precisam  olhar para nossa classe, PARA O MATERIAL HUMANO, a tropa está DOENTE, e nesse caso em questão, EMPATIA talvez seria a palavra e a ação  cabível, isso que talvez esteja faltando para alguns CMTs; Lamento profundamente que um jovem policial tenha que  recorrer  ao suicídio para tentar se livrar de um problema, uma clara demonstração de desespero e falta de acompanhamento e apoio especializado, esperamos que o SD Bahia possa resistir e se recuperar, finalizo informando que a Associação Cabos e Soldados de Imperatriz , Açailândia e Região está acompanhando de perto este triste episódio e irá oficiar o CMT do CPA I 3, para que apure e verifique a procedência das denúncias, ressalto ainda que se preciso for, levaremos  o problema para o Ministério Público, através da nossa assessoria jurídica.

At.te  SGT ADRIANO

Presidente da ARCSPMIA

Com informações do g1 MA

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