ANO COMEÇA COM QUADRO DE PRÉ-CANDIDATOS AO GOVERNO DO ESTADO INDEFINIDO
As cartas para sucessão governamental deste ano estão sendo jogadas desde o início de 2021. Por enquanto se apresentaram para a disputa Carlos Brandão (PSDB), Edivaldo Holanda Junior (PSD), Weverton Rocha (PDT) e Simplício Araújo (SD), Josimar de Maranhãozinho (PL) e Lahércio Bonfim (PTB) mas a este grupo deve se juntar novos pretendentes até as convenções partidárias que definirão o quadro de candidatos na corrida ao Palácio dos Leões.
Dos pré-candidatos que ensaiaram participar da eleição para governador, Roseana Sarney (MDB), mesmo liderando as pesquisas, desistiu de concorrer e deve ser mesmo candidata a deputada federal. Levantamento dos mais diversos institutos de pesquisas constataram elevado índice de rejeição que praticamente a impede de concorrer a um quinto mandato com alguma chance de sucesso.
Por motivo diferente, o secretário de Educação do Estado, Felipe Camarão (PT), um jovem bem articulado e com futuro político promissor, que teve seu nome lançado por um grupo de lideranças do partido ao Governo do Estado, também desistiu de continuar lutando internamente e acabou por reativar seu projeto original de disputar um mandato de deputado federal.
O PT agora discute a possibilidade de indicar o vice na chapa governista. O secretário Camarão chegou a ser cogitado pra compor a chapa do tucano, mas perdeu espaço para o deputado federal Zé Carlos, que colocou seu nome à disposição do partido e do grupo liderado pelo governador para ser vice de Carlos Brandão.
A preferência pela indicação do vice, no entanto, continua sendo do PDT. Caso o senador Weverton Rocha desista do seu projeto pessoal e resolva atender os apelos em defesa da unidade do grupo, terá garantido o direito de indicar e já teria até nomes para apresentar: o deputado estadual Márcio Honaiser e o presidente da Famem Erlânio Xavier.
O desfecho dessas discussões no grupo governista está previsto para acontecer dia 31 de janeiro quando dirigentes de partidos e lideranças que formam a base de sustentação do governo voltarão a reunir para o fechamento da chapa que já tem Brandão como candidato ao governo e Dino ao Senado, faltando apenas conhecer o vice e os dois suplentes de senador.
No final deste mês a população maranhense finalmente ficará sabendo se o PDT vai romper com o governo e lançar candidatura própria ou reagrupará. Weverton continua afirmando que seu projeto não tem recuou e que será candidato com o sem o apoio do governador. Na reunião de 29 de novembro de 2021 com dirigentes partidários, Flávio Dino declarou apoio ao seu vice Brandão e o senador abriu dissidência.
Outro problema na base governista atende pelo nome de Simplício Araújo, secretário de Indústria, Comércio e Energia. Mesmo após Dino externar sua preferência, o auxiliar mantém a pré-candidatura e não dar sinais que pretenda desistir de levar adiante sua luta por um plano diretor para o Estado. E para isso conta com o apoio da direção nacional do partido Solidariedade.
O jogo sucessório, porém não está limitado aos pré-candidatos da base do governo. Indiferentes ao que ocorre no arraial governista, o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Junior fechou o ano com sua candidatura ao Governo do Estado pelo PSD consolidada e mostrando consistência eleitoral. Conta com o apoio integral do presidente nacional do partido Gilberto Kassab e da estrutura estadual da legenda, sendo um forte candidato a passar para o segundo turno nas eleições de 2 de outubro.
O deputado federal Josimar de Maranhãozinho continua sendo dúvida. Após entrar no radar da Polícia Federal por suspeita de desvio de emendas parlamentares e outros delitos, como lavagem de dinheiro, parece que perdeu fôlego, mas continua no páreo. Resta saber se manterá a candidatura após sucessivos escândalos de corrupção investigados pela PF e que o apontam como principal suspeito.
Já o prefeito de São Pedro dos Crentes se lançou na corrida ao Palácio dos Leões e vem alimentando essa possibilidade, mas nos bastidores da sucessão há quem acredite que a falta de estrutura e densidade eleitoral deverão pesar e levar o Lahércio Bonfim a repensar seu projeto de deixar a prefeitura para se aventurar numa disputa sem perspectiva de vitória.
A este grupo que já se apresentou, pode se juntar o senador Roberto Rocha. Atualmente sem partido, Rocha conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, mas ainda não veio a público se manifestar sobre seu projeto político para 2022.
Os partidos da chamada esquerda radical também devem apresentar representantes para a eleição majoritária. Até as convenções, prevista para acontecer entre 20 de julho e 5 de agosto, ainda vai rolar muita água por debaixo da ponte e o quadro de pré-candidatos deverá enxugar.
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