Pesquisa Datafolha mostra que parcela de apoiadores ao impeachment de Bolsonaro é maior que a dos contrários
O jornal Folha de S.Paulo publicou, neste sábado (15), pesquisa do Instituto Datafolha em que, pela primeira vez, a parcela da população que apoia o impeachment do presidente Jair Bolsonaro é maior do que a dos contrários ao seu afastamento. Seriam favoráveis ao processo de cassação, 49% dos entrevistados ouvidos pelo instituto, ante 46% que se dizem contrários.
De acordo com o instituto, os índices representam um empate técnico dentro da margem de erro, que é de dois pontos para mais ou para menos e praticamente se inverteram em relação a uma pesquisa de março deste ano, do mesmo institituto, quando 50% afirmavam se opor ao impeachment, ante 46% que se declararam a favor.
O Datafolha di, que entrevistou, presencialmente, 2.071 pessoas em todo o Brasil na terça-feira (11) e na quarta-feira (12). O nível de confiança seria de 95%.
Para a Folha de S.Paulo, os números confirmam “a tendência detectada em relação ao impeachment reflete os números negativos para Bolsonaro apontados em outros pontos da pesquisa feita nesta semana”.
“O presidente, por exemplo, atingiu sua pior avaliação no mandato nos levantamentos do Datafolha e apareceu muito atrás de seu principal adversário na corrida eleitoral para 2022, o ex-presidente Lula, do PT”, acrescenta.
O jornal destaca outros recortes da pesquisa, como a avaliação dk governo. “Avaliam o governo Bolsonaro como ótimo ou bom 24% dos entrevistados, queda de seis pontos percentuais em relação a dois meses atrás”, informa.
Quanto à preferência eleitoral, o Datafolha diz que 54% não votariam de jeito nenhum na reeleição do atual mandatário. Em simulação de segundo turno com Lula, teve 32% das intenções de voto, ante 55% do petista.
Apoiadores – Datafolha mostra que a oposição ao impeachment é maior em alguns segmentos que apoiam Bolsonaro em outros campos da pesquisa.
A reprovação ao impeachment vai a 52% entre homens e no Sul do país. Também sobe para 60% entre entrevistados que dizem não ter medo do coronavírus, 57% entre evangélicos e 56% entre assalariados registrados.
Já o apoio ao afastamento cresce entre jovens de 16 a 24 anos (57%), moradores do Nordeste (também 57%), desempregados que procuram emprego (62%) e entrevistados que dizem ter muito medo do coronavírus (60%).
(Com informações da Folha de S.Paulo)
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