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terça-feira, 9 de junho de 2020

Evangélicas da Igreja Quadrangular Mãe e filha mortas em São Luís sofreram tortura e houve luta corporal com agressor, aponta perícia


Corpos das vítimas foram encontrados dentro de um carro, na garagem da residência, no bairro Quintas do Calhau. Principal suspeito é o ex-marido da mãe.


Informações periciais apontam que o corpo da mãe, Graça Maria, e da filha, Talita de Oliveira, estão com sinais de tortura e houve luta corporal com o agressor antes dos assassinatos.

Ambas foram encontradas mortas e amarradas em casa, dentro de um carro, no último domingo (7), na Rua Duque Bacelar, 21, no bairro Quintas do Calhau, em São Luís. O principal suspeito é o ex-marido de Graça, que ainda não foi encontrado pela polícia.

Segundo a delegada do Departamento de Feminicídio do Maranhão, Viviane Fontenelle, tudo indica que o criminoso entrou na casa com o consentimento das vítimas, já que não havia sinal de arrombamento. Também não houve roubo de pertences na casa.

Talita foi encontrada no banco do passageiro, na frente do veículo, enquanto a mãe estava no banco traseiro. Elas estavam amarradas, amordaçadas e apresentavam sinais de tortura. A polícia também aponta que houve luta corporal entre vítima e agressor.

"Foram coletados vários vestígios, inclusive material subungueal [embaixo das unhas]. Uma das vítimas, a Talita, teve uma forte luta corporal com o agressor e três unhas foram quebradas", aponta a delegada Viviane. 
Mãe e filha foram encontradas mortas dentro de um carro na
garagem da residência
Todo o material coletado nas vítimas foi enviado para perícia com o intuito de extração de vestígios de DNA, que futuramente devem ser confrontados com o DNA do criminoso.

Graça Maria Pereira de Oliveira tinha 57 anos e era empresária. Já a filha dela, Talita de Oliveira Frizero, de 27 anos, tinha acabado de se formar em engenharia civil.

Segundo a polícia, parentes e amigos começaram a sentir falta das duas ainda na sexta-feira (5), quando ambas deixaram de atender ligações e responder mensagens.

"A gente tentou entrar em contato com elas, mas não dava em nada. A gente esperou o sábado para ver se elas entrariam em contato com a gente e nada", contou a prima de Talita, Milena Oliveira.

"Como nós somos muito ligadas, ela [Graça] ficou de ir na casa da nossa mãe e não apareceu. Nós começamos a desconfiar, achamos estranho porque elas nunca foram de ficar longe do celular", contou a irmã da empresária, Gracimeire de Oliveira.

Graça era sócia de uma empresa de locação de contêineres e propriedades no interior do Maranhão. Imagens de câmeras de segurança do local devem ajudar nas investigações.


Com informações do G1 Maranhão

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