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domingo, 11 de agosto de 2019


QUANDO O PAI NÃO DESISTE DE AMAR



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Certa ocasião, Jesus contou uma história a respeito de um filho que resolveu enfrentar o próprio pai quanto à partilha antecipada da herança, conhecida popularmente como “parábola do filho pródigo” (Lc 15.11-32). Mas bem que poderia ser chamada de “parábola do pai que não desiste de amar”. Essa figura paterna refere-se a Deus, o Pai, que nos ama de tal maneira que jamais desiste de nos amar, seja o que formos, não importa o que tenhamos feito.
          Conta Jesus que esse filho partiu para um lugar distante e dissipou tudo quanto tinha, pois viveu prodigamente; se meteu em muitas farras, vivendo dissolutamente, sem se preocupar com o dia de amanhã.
          A vida tem as suas complicações. E essas são ampliadas quando os filhos resolvem partir, mas o fazem pelos motivos errados. Há pais que ainda hoje choram a perda dos filhos, e dizem: “Tudo quanto tenho eu daria para ter meu filho de volta”.

           Há muitos jovens que se desmoralizam, vivem suas orgias como se tudo não valesse absolutamente nada. Para alguns, o dinheiro responde por tudo ­– pode comprar vidas, pode tirar vidas, pode acabar a sua vergonha, comprar drogas etc. E quando o dinheiro se vai, a família fica sem sossego; os móveis são vendidos, as roupas, trocadas; exigem dos pais dinheiro para consumir drogas, batem nos pais se não conseguem; porque tudo quanto conseguem, as drogas consomem.

          Que enorme ferida deixou o filho pródigo naquela casa! Felizmente, para esse jovem, a história teve uma continuação e um final diferente do previsível. Outras histórias nem continuam. Quando alguns saem, não voltam. As mães vão para as praças e aproveitam as emissoras de televisão, cujas novelas e programas mostram seus filhos. Essas mães não sabem se seus filhos vivem, onde estão, se nos cemitérios ou nas prisões, ou se são escravos sexuais em algum lugar do mundo. Deve ser uma sensação horrível de perda que carregam no coração!

          Esse jovem da parábola teve uma oportunidade de chegar ao fundo do poço. Vantagem porque, uma vez lá, todo o caminho agora é para cima. Todavia, outros se afogam sem terem o direito de tocar no fundo e dar aquele empurrãozinho para cima e tomar algum fôlego de esperança.

          Esse jovem teve um lapso de tempo, pois acabou tudo o que tinha e, quando precisou comer, procurou na cidade alguém que o ajudasse, mas ninguém acreditava absolutamente nele. Houve somente um homem, dono de uma pocilga, que lhe deu uma oportunidade de trabalho: cuidar de seus porcos.

          Ele sentia tanta fome que lhe era desejável comer as bolotas que os porcos comiam. Até que ele caiu em si e se lembrou de seu pai, de quem tirara a alegria de acompanhar a sua vida e crescimento. Ele se arrependeu. E, não tendo outra saída, tomou a resolução de voltar à casa de seu pai; resolveu dizer ao seu pai que não se sentia digno de ser chamado seu filho; pediria uma chance de ser tratado igual a um empregado da casa.

           Ele viajou todo o caminho de volta pensando: “Será que meu pai vai me aceitar de volta?” Quando ele se aproximou, o pai estava naquela costumeira posição de espera em que ficava todos os dias. Como sempre ocorre ao coração do pai – se ele tem uma oportunidade mínima para pensar em alguma coisa, ele vai pensar no filho; se ele tem uma chance de olhar em alguma direção, ensaia olhar ao mesmo caminho por onde o filho se foi como a possível direção de onde o filho voltará – então seu amor o fazia não desistir.

          Enquanto vinha ao longe, o pai o viu. Antes que o filho dissesse o que ensaiara, o pai correu e o abraçou, e deu ordens para que o tratassem da melhor maneira possível: banho, roupas novas, sandálias novas nos pés, anel no dedo; e mandou matar o melhor novilho para uma grande festa. E disse: “Este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado”.

          Este domingo é o Dia dos Pais. Como está o seu coração, papai (ou mamãe que também exerce a função de pai, o que é quase comum hoje em dia), que sonhos, que marcas, que feridas, que dores você tem, de um filho que, igual ao filho pródigo, se foi e exigiu de você o que não devia exigir, feriu você como não podia ferir? E você pode estar dizendo que não tem nenhuma esperança.
           Mas eu quero lhe dizer que, assim como Jesus contou essa história, Ele quer contar também a sua história com um rasgo de esperança.

          O motivo de Jesus contar essa história não foi exaltar a perdição do filho, mas asseverar a misericórdia e amor do pai; foi demonstrar que, mesmo quando agimos mal e nada merecemos, o verdadeiro pai nunca desiste de amar.

          A parábola não é para ensinar a engendrar meios de partir, mas para lhe assegurar que, embora alguém esteja perdido, ainda há esperança no verdadeiro arrependimento que o faz retornar. Isto porque Deus, o Pai, está disposto a receber Seus filhos de volta aos Seus braços, estejam como estiverem, e restaurá-los para uma nova vida.
          Feliz Dia dos Pais!

 *Benjamin de Souza*
(91) 99108-8576

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