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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

General fala em intervenção militar e gera desconforto nas Forças Armadas

Antonio Hamilton Martins Mourão falou, na  Loja Maçônica Grande Oriente, que poderá chegar um momento em que os militares terão que “impor isso”.


Em palestra na noite da última sexta-feira, em Brasília, um general da ativa do Exército causou polêmica na própria instituição ao falar por três vezes na  possibilidade de intervenção militar diante da crise enfrentada pelo País, caso a situação não seja resolvida pelas próprias instituições.
Antonio Hamilton Martins Mourão falou, na  Loja Maçônica Grande Oriente, que poderá chegar um momento em que os militares terão que “impor isso” [ação militar] e que essa “imposição não será fácil”. De acordo com Mourão, seus “companheiros” do Alto Comando do Exército avaliam que ainda não é o momento para a ação, mas ela poderá ocorrer após “aproximações sucessivas”.
“Até chegar o momento em que ou as instituições solucionam o problema político, pela ação do Judiciário, retirando da vida pública esses elementos envolvidos em todos os ilícitos, ou então nós teremos que impor isso”, afirmou.
E continuou: “então, se tiver que haver, haverá [ação militar]. Mas hoje nós consideramos que as aproximações sucessivas terão que ser feitas”. Para Mourão, o Exército teria “planejamentos muito bem feitos” sobre o assunto, mas não os detalhou.
Mourão lembrou ainda o juramento que os militares fizeram de “compromisso com a Pátria, independente de sermos aplaudidos ou não”. E encerrou: “O que interessa é termos a consciência tranquila de que fizemos o melhor e que buscamos, de qualquer maneira, atingir esse objetivo”.
A atitude do general causou desconforto em Brasília. Oficiais-generais criticaram a afirmação de Mourão, considerando-a desnecessária neste momento de crise.
Mourão explicou, no entanto, que não estava “insuflando nada” ou “pregando intervenção militar” e que a interpretação das suas palavras “é livre”. O general ainda afirmou que falava em seu nome, não no do Exército. Já o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, foi enfático e disse que “não há qualquer possibilidade” de intervenção militar.
Fonte: Infomoney

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